Elogiado pelo New York Times como um “talentoso modernista brasileiro-americano”, cujas obras são “sensacionais”, “exuberantes, “vívidas”, “brilhantemente realizadas”, “tecnicamente formidáveis e loucamente variadas”, um “ritual vibrante, porém elegante.” Felipe Lara (n.1979) empenha-se em produzir contextos musicais únicos através da (re)interpretação e tradução de propriedades acústicas e extramusicais de fontes familiaresnas forças específicas de seus projetos.
Ele recebeu recentemente encomendas de solistas, grupos e instituições de ponta, como o Arditti Quartet (com o ExperimentalStudio Freiburg SWR), Brentano Quartet, Claire Chase, Conrad Tao, Donaueschinger Musiktage, Ensemble InterContemporain, Ensemble Modern, Filarmônica de Helsinque, International Contemporary Ensemble, loadbang, Los Angeles Philharmonic, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e Talea Ensemble. Suas obras foram recentemente tocadas pelo Ensemble Recherche, esperanza spalding, JACK Quartet, Kammerensemble Neue Musik Berlin, Mivos Quartet, Netherlands Radio Philharmonic Hilversum, Nouvel Ensemble Moderne, Tanglewood Music Center Orchestra, e os regentes Dirk Kaftan, Ilan Volkov, Peter Eötvös, Susanna Mälkki, Steven Schick, Thomas Adès, e Vimbayi Kaziboni.
Suas composições foram apresentadas em festivais e salas de concerto como o Aspen Music Festival, Centre Acanthes, Acht Brücken, Aldeburgh Music Festival, Ars Musica, The Art Institute of Chicago, Aspekte Festival, Bang on a Can Summer Festival, Berliner Festspiele MaerzMusik, Budapest Music Center, Carnegie Hall, Darmstadt, David Geffen Hall, Donaueschinger Musiktage, Europalia, Fromm Players at Harvard, Heidelberger Frühling, Huddersfield Contemporary Music Festival, King’s Place, The Kitchen, Luxembourg Philharmonie, Lincoln Center Mostly Mozart Festival, Miller Theatre Composer Portraits, Musikfest Frankfurt, New York Philharmonic Biennial, Philharmonie de Paris, Phillips Collection, Roulette, Sala São Paulo, Southbank Centre’s Queen Elizabeth Hall, Tanglewood, Teatro Amazonas, Teatro La Fenice, TimeSpans Festival, e Walt Disney Concert Hall.
Recebedor do Radcliffe Institute for Advanced Study Fellowship, Harvard University, em 2015, ele foi agraciado com o Johns Hopkins Catalyst Award (2021), Prêmio Concerto (São Paulo, 2021), New Jersey Council for the Arts Fellowship (2020), uma bolsa-convite da Civitella Ranieri Foundation (2014), o prêmio de composição da Funarte (Ministério da Cultura do Brasil, 2014), Master Artist Award da National Association of Latino Arts and Culture (2013), Staubach Prize (Darmstadt, 2008), Primeiro Prêmio em Composição Orquestral da Bienal de Música Contemporânea Brasileira (2005), assim como encomendas da Ernst von Siemens Musikstiftung (2022), Chamber Music America (2021), Koussevitzky Music Foundation at Library of Congress (2016), e Fromm Music Foundation da Harvard University (2011). Foi finalista da Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative (2014).
Lara é Professor Assistente e Chefe do Departamento de Composição do Peabody Institute da Johns Hopkins University, tendo anteriormente lecionado no Boston Conservatory de Berklee e na New York University. Foi Professor Assistente Visitante da University of Chicago e do Departamento de Música de Harvard, onde ganhou dois Harvard Excellence in Teaching Awards (2017, 2019). Lara atuou como docente em New Music on the Point, Banff Evolution Quartet, FIMUCA, e na Valencia International Performance Academy (VIPA). É PhD (doutor) em Composição Musical pela New York University (Graduate School of Arts and Science), onde foi um bolsista Henry M. MacCracken, tem o grau de Mestre em Música pela Tufts University, e o de Bacharel em Música pelo Berklee College of Music.
"Felipe Lara não escreve música para ficar engavetada: sem abrir mão das cicatrizes do espírito, sua musicalidade complexa atrai intérpretes e provoca a escuta."
— Folha de São Paulo
"Como seria se a busca de 'unidade na diversidade' (que é a assinatura de um autor como Mozart) se unisse com o trabalho de variação contínua sobre um 'mínimo denominador' (que define a personalidade poética de Beethoven)? Uma resposta pode ser Tutti, de Felipe Lara"
— Folha de São Paulo
“Uma peça chamada Concerto duplo talvez evoque associações neoclássicas, assim como um compositor brasileiro com origem na música popular talvez desperte expectativas de uma obra tonal e melódica, pontuada por ritmos de dança “exóticos”. Nada mais distante do universo poético de Lara do que isso. Seu liquidificador sonoro funde diversas referências históricas e estéticas para criar um mundo de identidade e riqueza única…Flauta e contrabaixo está longe de ser a mais óbvia das combinações instrumentais, e cada um desses instrumentos é ressignificado de forma decisiva por Chase e Spalding. A primeira mobiliza um verdadeiro arsenal de flautas, enquanto a segunda, muito apreciada por quem acompanha o circuito de jazz, alia a destreza ao instrumento a um virtuosismo vocal que o compositor não se cansa de explorar. É na relação entre o escrito e o improvisado (que vai muito além da ambiciosa cadenza da peça) que Lara tensiona os limites entre erudito e popular.”
— Revista Concerto
“Em uma época em que o Brasil virou uma espécie de pária internacional, em que gente de todo o planeta resiste em vir para cá, e em que nosso passaporte é encarado com desconfiança por toda parte, não deixa de ser um alento ver um brasileiro brilhando internacionalmente, e na arte que sempre foi a que mais nos distinguiu – a música. Felipe Lara, você me representa!”
— Revista Concerto
"Tutti, de Felipe Lara instaura um fluxo instrumental constante, em que todos os participantes se interpenetram seja do ponto de vista do timbre, seja de textura. Obra surpreendente de um enorme talento que começa a destacar-se significativamente na cena internacional contemporânea"
— O Estado de São Paulo
"Lara é mesmo um nome em ascensão no campo da música contemporânea"
— O Globo